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Governança de TI: por que investir em sua empresa hoje mesmo?

A governança de TI tem um papel fundamental no desempenho do setor de tecnologia da informação, em corporações de qualquer tamanho ou ramo de atividade, pois orienta quanto às melhores práticas e na conscientização da gestão em relação aos riscos, custos e à qualidade dos processos.

Isso porque há uma grande lacuna na comunicação entre os usuários dos sistemas e os provedores de serviços, principalmente relacionada ao que o departamento de TI pensa que o negócio requer e o que a empresa acredita que este é capaz de fornecer, sendo necessária maior clareza nos projetos e responsabilidade em sua implementação.

Neste artigo, explicaremos por que médias e grandes empresas devem investir em governança de TI, motivos relacionados principalmente à gestão de riscos e no emprego pleno das oportunidades adquiridas com a tecnologia. Confira!

O conceito da governança de TI

A governança de TI alinha a estratégia do setor aos objetivos do negócio por meio de métricas e frameworks que orientam e analisam processos, consideram objetivos, metas e todos os stakeholders envolvidos.

É parte imprescindível do GRC (governança, risco e conformidade), se relacionando ao compliance e à segurança de dados para atender aos requisitos exigidos pelo mercado quanto às melhores práticas e métodos de controle. Os frameworks mais utilizados são o COBIT, ITIL, CMMI e FAIR.

Principais metodologias de trabalho

COBIT (Control Objectives for Information and Related Technologies)

De propriedade da ISACA, é uma estrutura abrangente de “práticas aceitas globalmente, ferramentas e modelos analíticos” desenvolvidos para governança e gerenciamento de TI. Com suas raízes na auditoria de TI, a ISACA expandiu o escopo do COBIT ao longo dos anos para dar suporte total à governança de TI. A versão mais recente é o COBIT 5, amplamente utilizado para o gerenciamento e mitigação de riscos.

ITIL (Information Technology Infrastructure Library)

Método mais utilizado no gerenciamento de serviços de TI, a fim de que suportem os processos do negócio. Compreende cinco conjuntos de práticas recomendadas: desenho, projeto, transição (como gerenciamento de mudanças), operação e melhoria continuada de serviços.

CMMI (Capability Maturity Model Integration)

Desenvolvido pelo Software Engineering Institute, é uma abordagem que utiliza escala de 1 a 5 para avaliar o nível de maturidade de desempenho, qualidade e lucratividade dos processos e riscos de uma organização.

FAIR (Factor Analysis of Information Risk)

Modelo mais novo, que auxilia na análise e mensuração do nível de criticidade do setor, relacionado à segurança cibernética e a riscos operacionais.

A maioria das metodologias é projetada com o objetivo de verificar processos associados à tecnologia, possíveis gargalos e falhas, mas também orienta no estabelecimento de métricas que avaliam o desempenho da infraestrutura de TI e o retorno sobre os investimentos de TI (ROI).

Enquanto o COBIT é utilizado para avaliar riscos, o ITIL é um método de gerenciamento de serviços e processos. Embora o CMMI fosse originalmente destinado à engenharia de software, também envolve o desenvolvimento de hardwares e o FAIR é usado para avaliar riscos operacionais e de cibersegurança.

Para escolher um modelo de trabalho específico, é preciso considerar os objetivos do negócio, as estruturas e o ambiente organizacional. Além disso, as metodologias podem ser associadas, pois se complementam, como o COBIT e o ITIL, já que o primeiro explica o motivo de manutenção de determinado processo, serviço ou ativo e o ITIL orienta acerca de formas para essa efetividade.

Motivos para implementar a governança de TI

Os benefícios esperados podem, então, se tornar os critérios de sucesso do projeto e ser monitorados continuadamente com ferramentas de gestão, como ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Act).

Transparência

Maior clareza nos projetos quanto aos custos de TI, processos e serviços do setor, assim como no catálogo de serviços, com maior transparência ainda acerca das responsabilidades e pelo cumprimento adequado dos níveis de SLA (Service Level Agreement) acordados entre usuário e provedor.

Eficácia

O alinhamento constante dos dados e a busca pelos objetivos e metas estabelecidas aumenta a eficácia dos processos de TI e do desempenho dos usuários dos sistemas.

Outro reflexo visível é a integração facilitada entre os setores do negócio, já que, com um setor de TI bem estruturado, as tecnologias tendem a se converter em plataformas unificadas ou na nuvem, fato que melhora os serviços e a comunicação organizacional.

Segurança

A governança de TI permite que a empresa se oriente quanto aos possíveis riscos e vulnerabilidades, minimizando a ocorrência e o efeito de incidentes que possam causar um grande dano ao funcionamento do negócio, como um sistema que fica muito tempo em ociosidade por falta de manutenção ou um backup que não recuperou adequadamente todos os dados.

Além disso, com a criação de um plano de recuperação, é possível avaliar o nível de criticidade dos sistemas, definir métodos e formas de reestruturação das operações em caso de incidentes, sem causar grande impacto para o andamento dos processos.

Confidencialidade

A segurança da informação é o fator chave de sucesso da governança de TI: sistemas que não estão sob proteção e empresas que não lidam com a realidade da cibersegurança se tornam obsoletos. A confidencialidade, portanto, permite que todos os dados da empresa estejam protegidos quanto a perdas e vazamentos.

Controle

Por meio de indicadores que não se restringem a apenas critérios financeiros, mas também analisam o risco inerente aos processos, a governança de TI possibilita uma mensuração precisa dos resultados do negócio e o desempenho das equipes.

Otimização dos recursos

Devido ao desconhecimento do verdadeiro valor agregado da tecnologia, muitos gestores minimizam a importância de um projeto de TI. Isso é mais evidente em pequenas empresas, que geralmente possuem orçamentos mais limitados, se comparados a uma grande empresa.

Dessa forma, a governança de TI viabiliza, principalmente no conceito de negócio, o direcionamento eficiente desses recursos, para otimizar da melhor maneira possível valores investidos em tecnologia e inovação.

Com uma melhor compreensão dos custos gerais associados ao setor de TI, direcionados à verdadeira contribuição do investimento e maior visibilidade de índices de análise de desempenho, como o ROI, os stakeholders e os próprios gestores conseguem visualizar com mais amplitude os riscos e retornos inerentes ao setor. 

Provedores de serviços de tecnologia trabalham continuamente para melhorar a compreensão do valor de iniciativas ligadas ao setor, por meio da governança de TI, já que nem sempre os benefícios são demonstrados no fluxo de caixa da empresa.

Portanto, valores com a implementação de serviços gerenciados acarretam:

  • melhorias nos processos;

  • capacidade de responder a pressões competitivas;

  • conveniência por todas as informações do negócio estarem em uma única plataforma;

  • maior conhecimento acerca dos usuários da informação;

  • maior aprendizado sobre o uso dos sistemas, o que facilita e amplia a capacidade de trabalho e, por consequência, o desempenho das equipes;

  • com maior eficiência, a cultura organizacional se torna mais harmoniosa.

Como vimos, investir na governança de TI pode ser muito benéfico para a sua empresa. Tendo em mente alguns pontos-chave, é possível usar desse método para melhorar os seus negócios e resultados. 

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